Paralimpíadas: atletismo (corrida)

Atualmente, o Brasil é uma potência paralímpica no atletismo. (Foto: reprodução/facebook)
Entrando no clima das Paralimpíadas, o MaInd está realizando uma série de matérias sobre os esportes que vão fazer parte dos jogos. Conheça mais sobre o atletismo paralímpico (corrida)!
O fato que marcou a primeira competição do atletismo nos moldes paralímpicos foi uma corrida realizada entre cadeirantes em 1952; a primeira vez que a modalidade esteve em uma Paralimpíadas foi na edição de Roma, em 1960. Medalhas para o Brasil no esporte somente em 1984, onde conseguiu seis medalhas de ouro, doze de prata e três de bronze. Desde então, o Brasil tem se tornado uma verdadeira potência na corrida paralímpico.
As provas
No atletismo paralímpico podem participar atletas com deficiências físicas, visuais e intelectuais, em que cada competidor disputa em uma classe específica, de acordo com o grau de deficiência.
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As provas são disputadas por homens e mulheres e cada modalidade recebe uma classificação de acordo com o espaço onde ocorrem:
T (Track ou Pista)
- Corrida (100 metros, 200 m, 400 m, 1.500 m, revezamento 4×100 m e 4×400 m;
- Meio fundo (800 m, 1.500 m);
- Fundo (5.000 m e 10.000 m);
- Salto em distância;
- Salto em altura
- Salto triplo.
Rua
- Maratona (42 km);
- Meia-maratona (21 km);
F (Field ou Campo)
- Lançamento de disco e club;
- Lançamento de dardo;
- Arremesso de peso.
Como dito anteriormente, há uma divisão de categorias entre os atletas de acordo com o grau da deficiência, de forma que haja uma competição justa. As corridas concentram-se na pista e na rua. Confira abaixo a divisão das provas que ocorrem nessa categoria:
T de Track
Os grupos divididos que consideram o grau de deficiência nesta classificação são:
De T11 a T13: Deficiências visuais
T20: Deficiências intelectuais
T31 a T38: Paralisados cerebrais (31 a 34 para cadeirantes: 35 a 38 para andantes)
T40 e T41: baixa estatura
T42 a T44: Deficiência nos membros inferiores
T45 a T47: Deficiência nos membros superiores
T51 a T54: Competem em cadeiras de rodas
T61 a T64: Amputados de membros inferiores com prótese
Já nas provas que ocorrem no campo, os atletas são divididos nas seguintes categorias:
O auxílio de apoio e atletas-guias varia de acordo com a categoria disputada. Nas classificações T11, um atleta-guia corre junto com o competidor e nas provas de salto, conta-se com apoio; no T12, atleta-guias e apoios são opcionais; já no T13 é proibido o uso tanto de atletas-guia quanto de apoio.
Nas provas mais longas, como as de 5.000 e 10.000 e nas maratonas, os paratletas podem ser acompanhados por até dois atletas-guias; se houver pódio, apenas o atleta-guia que terminar a corrida ganha medalha; o outro, não.
Histórico do Brasil

O Brasil tem um ótimo histórico de medalhas nas Paralimpíadas. Até os Jogos do Rio, os brasileiros já subiram ao pódio nas provas de corrida, 31 vezes, das quais :
- 6 delas por medalha de ouro;
- 17 por medalha de prata;
- e 8 por medalha de bronze.
Daniel Martins | 2016 | Rio de Janeiro | 400m | Ouro |
Petrúcio Ferreira | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Ouro |
Daniel Silva | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Ouro |
Diogo Ualisson | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Ouro |
Felipe Gomes | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Ouro |
Gustavo Araújo | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Ouro |
Odair Santos | 2016 | Rio de Janeiro | 5000m | Prata |
Fábio Bordignon | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Prata |
Verônica Hipólito | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Prata |
Felipe Gomes | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Prata |
Fábio Bordignon | 2016 | Rio de Janeiro | 200m | Prata |
Yohansson Nascimento | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Prata |
Petrúcio Ferreira | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Prata |
Renato Cruz | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Prata |
Alan Fonteles | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m masculino | Prata |
Odair Santos | 2016 | Rio de Janeiro | 1500m | Prata |
Terezinha Guilhermina | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m feminino | Prata |
Lorena Spoladore | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m feminino | Prata |
Alice Correa | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m feminino | Prata |
Thalita Simplício | 2016 | Rio de Janeiro | Revezamento 4x100m feminino | Prata |
Felipe Gomes | 2016 | Rio de Janeiro | 200m | Prata |
Petrúcio Ferreira | 2016 | Rio de Janeiro | 400m | Prata |
Felipe Gomes | 2016 | Rio de Janeiro | 400m | Prata |
Rodrigo Parreira | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Bronze |
Yohansson do Nascimento | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Bronze |
Teresinha de Jesus | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Bronze |
Edson Pinheiro | 2016 | Rio de Janeiro | 100m | Bronze |
Verônica Hipólito | 2016 | Rio de Janeiro | 400m | Bronze |
Daniel Silva | 2016 | Rio de Janeiro | 200m | Bronze |
Terezinha Guilhermina | 2016 | Rio de Janeiro | 400m | Bronze |
Edneusa Dorta | 2016 | Rio de Janeiro | Maratona | Bronze |
Nas edições de Tóquio, o atletismo é a modalidade que conta com o maior número de paratletas brasileiros; só nas corridas e maratonas, são 44. Acompanhe abaixo a lista de quem deve brigar por medalhas!
Alan Fonteles, Alex Pires, Ana Cláudia Silva, Ariosvaldo Fernandes, Christian Gabriel, Daniel Martins, Daniel Mendes, Edilene Boaventura, Edneusa Santos, Edson Cavalcante, Fábio Bordignon, Fabrício Ferreira, Felipe Gomes, Fernanda Yara, Gustavo de Oliveira, Jardênia Silva, Jerusa Geber, Jhulia dos Santos, Joeferson Marinho, Júlio Cesar Agripino, Kesley Teodoro, Ketyla Teodoro, Leylane Moura, Lorena Spoladore, Lucas Lima, Lucas Prado, Marco Aurélio Borges, Marivana Oliveira, Petrúcio Ferreira, Rayane Soares, Ricardo Mendonça, Rodrigo Parreira, Samira Brito, Táscitha Oliveira, Thalita Simplício, Thiago Paulino, Thomaz Ruan, Tuany Barbosa, Vanessa Cristina, Vinícius Rodrigues, Vitor de Jesus, Viviane Ferreira, Washington Júnior e Yeltsin Jacques.
Veja mais sobre a relação dos paratletas com os atleta-guias no vídeo abaixo!
Conheça mais sobre as próteses utilizadas pelos atletas paralímpicos no vídeo abaixo!
